Como perder o engajamento de uma grande equipe
A indústria cosmética é um case na construção de canais de vendas extremamente engajados, pois sempre atraíram uma legião de representantes que vestem a camisa, vendem e defendem suas marcas. Essa fidelidade foi construída por meio de programas que utilizavam uma série de elementos de engajamento como: reconhecimento, status, pertencimento, progresso, senso de dono, autonomia, entre outros.
Porém, tais elementos foram afetados pela ânsia de rentabilizar mais suas operações. Alguns grandes players complementaram seu modelo de negócio com uma estratégia típica de retail (varejo), o que foi um “tiro no pé”, pois afetou diretamente o “senso de dono” (entre outros aspectos) de seus consultores e abriu espaço para se tornarem revendedores multimarcas.
Moral da história: isso demonstra o quão claramente estão ligadas a estratégia de negócio e os elementos de engajamento. Quando modificados, afetam diretamente o resultado financeiro para cima ou para baixo.
Um bom exemplo dessa forte conexão é a Mary Kay, que levanta a bandeira do empreendedorismo feminino. Além de ganhar créditos e bônus, conforme os resultados alcançados, a empresa reconhece as consultoras por meio de vários programas de puro engajamento emocional como o famoso e desejado carro rosa (Troféu Sobre Rodas), entre outros reconhecimentos exclusivos, que despertam nas consultoras o senso de pertencimento à empresa.
E tudo isso é Gamificação em sua essência! É a aplicação de elementos de jogos, tais como competitividade, progresso, propósito e empoderamento, em situações da vida real. São poderosos gatilhos emocionais para o verdadeiro engajamento de pessoas.